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Projeto de Realidade Virtual será apresentado na ExpoT&c, em Natal-RN
Publicado em: 08/07/2010,00:00
Petrópolis-RJ, 08 de julho de 2010 - 16h47 Coordenação de todo o evento é feita pelo próprio LNCC Como de costume, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT) marca presença na Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), que em 2010 chega a 62ª edição. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, os mais diferentes projetos desenvolvidos pela equipe de 55 pesquisadores da instituição ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia serão apresentados na ExpoT&c, toda coordenada pelo LNCC. Entre as atividades a serem expostas, está o projeto Realidade Virtual, do Laboratório de Ambientes Colaborativos e Multimídia Aplicada (ACIMA). Quem vai expor os trabalhos será o mestrando Marlan Kulberg, 32 anos. Há sete meses no projeto coordenado pelo pesquisador Jauvane de Oliveira, Kulberg concedeu entrevista para explicar como funciona a Realidade Virtual e também esclarecer a importância da RV para a ciência e para a sociedade brasileira. Kulberg é formado em Tecnologia da Informação e Comunicação pelo Instituto Superior de Tecnologia em Ciências da Computação de Petrópolis (IST). Entrevista: 1) Marlan, explica por favor como funciona o projeto que você vai apresentar na ExpoT&c, da SBPC? Bem, a realidade virtual trata de projeções de objetos virtuais em ambiente composto por três dimensões, é o que chamamos de 3D. Este proporciona ao usuário a sensação de imersão, já que é possível a percepção de aproximação e profundidade das imagens, inclusive por meio de diferentes ângulos. É como se a imagem fosse, de fato, um objeto palpável. Geralmente, a transmissão dessas imagens ocorre em ambientes virtuais conhecidos como cave (caverna em Inglês), mas é complicado configurar estes ambientes, fixos de um modo geral. Lá na ExpoT&c da SBPC, vamos utilizar forma mais portátil de exibirmos a imagem em 3D. 2) Por que é tão importante hoje em dia investir em pesquisas de realidade virtual? De que forma tais atividades contribuem para a ciência evoluir ainda mais no Brasil? As pesquisas de RV beneficiam várias áreas, desde a militar até a médica. Elas proporcionam simulações de práticas complexas ou de risco, sem pôr vidas em perigo, e ao mesmo tempo com bastante sensação de realidade. Por exemplo, já são utilizados simulações de exercícios táticos e treinamentos virtuais de cirurgias. Também é possível examinar objetos microscópicos em escalas altíssimas, entre outras aplicações. As pesquisas contribuem para que se formem melhores profissionais e que se promova um maior número de pesquisas que sejam inviáveis ou arriscadas no mundo real. 3) Especificamente, qual a sua função no laboratório ACIMA? Como bolsista de mestrado,eu pesquiso e desenvolvo métodos de exibição e visualização de objetos virtuais. Para isso, utilizo estereoscopia, que é a exibição de duas imagens projetadas nos olhos em pontos de observação ligeiramente diferentes. Isso proporciona a sensação de profundidade, ou, mais conhecido, efeito 3D. Equipamentos que promovem esse efeito são caros e de difícil instalação e configuração, além de serem, em maior parte, de grandes proporções. Por causa disso, pesquiso formas mais acessíveis, portáteis e tão eficientes quanto os outros modelos para projeção de ambientes virtuais. 4) É a primeira vez que você participa da SBPC? Qual a sua expectativa quanto ao que vai encontrar nas movimentações em prol da ciência? É a primeira vez sim. E espero encontrar várias novidades científicas que possam beneficiar o modo de vida das pessoas e o desenvolvimento continuado de projetos e ideias. 5) A SBPC é um evento tipicamente de divulgação científica, exercício um pouco diferente do que você costuma fazer diariamente. Na sua opinião, qual a relevância de promovermos divulgação das pesquisas, no contexto da nossa ciência e também da sociedade, no caso, brasileira? O público em geral precisa ter conhecimento do que é realizado pelos profissionais da ciência no Brasil, às vezes propagado mais no meio científico e em áreas específicas. Há muitos projetos importantes para campos distintos do conhecimento e muitas coisas interessantes que podem servir de estímulo para quem quiser ingressar na carreira científica. 6) E sobre a sua carreira, o que pensa fazer após concluir o mestrado? Quais as suas pretensões? Basicamente, penso em terminar o mestrado no fim do ano e logo trabalhar como docente em projetos de desenvolvimento de software, principalmente em conjunto com dispositivos diversos. 7) Você acha que faltou fazer alguma pergunta interessante para melhor esclarecer aos leitores sobre os temas referentes à Realidade Virtual? Bem... acho que não, tocamos nos principais assuntos. Muito obrigado! Leia também: LNCC coordena exposição de ciências na 62ª Reunião da SBPC LNCC coordena exposição nacional de ciências: a ExpoT&c LNCC coordena exposição nacional de ciências: a Expot&c Por: Bruno Lara. Assessoria de Comunicação e Eventos LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039/6062/6101 imprensa@lncc.br/eventos@lncc.br