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Pesquisador da CCC recebe título de Jovem Cientista do Nosso Estado
Publicado em: 02/07/2010,00:00
Petrópolis-RJ, 02 de julho de 2010 16h15 O pesquisador Pablo Javier Blanco foi contemplado pelo edital Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Num total de 11 pesquisadores da Coordenação de Ciência da Computação (CCC) do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), ele está entre os 10 que dispõe de bolsa. Graduado em 2003 em Engenharia Eletromecânica pela Universidad Nacional de Mar del Plata, da Argentina, país de origem, Javier Blanco concluiu no LNCC o doutorado em 2008 e o pós-doutorado em 2009, na área de Modelagem Computacional. O cientista também atua como professor do Laboratório. Entrevista: 1) O que representa pessoal e profissionalmente receber o título de Jovem Cientista do Nosso Estado? Tanto pessoal quanto pessoalmente, esta distinção é um lindo reconhecimento ao trabalho sendo realizado dentro do grupo de pesquisa do qual faço parte (HeMoLab). Além disso, é uma enorme motivação para continuar no mesmo caminho. 2) Sobre o que trata o projeto que o proporcionou a obtenção do título de JCNE: "Hemodinâmica computacional do sistema cardiovascular humano via modelos dimensionalmente heterogêneos e suas aplicações na medicina"? Ele aborda o emprego de modelos matemáticos na modelagem do sistema cardiovascular humano (SCVH), colocando uma forte ênfase nas aplicações médicas como a modelagem do SCVH em condições normais e/ou alteradas pela presença de patologias e/ou realização de procedimentos cirúrgicos. A particularidade dos modelos empregados é que são construídos a partir da interação de submodelos que possuem diferentes características, mas funcionam conjuntamente, alcançam uma capacidade de representação física maior do que os modelos convencionais. 3) Nos últimos dias de junho, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Assistida Por Computação Científica (INCT-MACC), ao qual o HeMoLab está integrado, promoveu o 1st Workshop On Scientific Computing In Health Applications. De que forma o encontro contribuiu para as suas pesquisas? O evento foi muito útil em dois aspectos. Primeiro, para pensarmos novos desafios a serem enfrentados no contexto das atividades de P&D, na modelagem do SCVH dentro do INCT-MACC. Segundo, devido à possibilidade de interagir com grupos de pesquisadores de outras partes do Brasil e do exterior congregados através deste evento. 4) Como observa a evolução da modelagem do SCVH no Brasil? Bem, temos uma alavanca importantíssima com o programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), através do INCT em Medicina Assistida por Computação Científica (MACC). O projeto faz parte das atividades de P&D previstas no INCT-MACC. Certamente, esta área tenderá a crescer cada vez mais em função da ciência que as agências financiadoras têm tomado nos últimos tempos acerca da importância estratégica destas áreas de computação científica aplicadas à saúde. 5) Adquirir o título de Jovem Cientista do Nosso Estado o torna referência para os alunos do LNCC, que almejam um dia chegar a ser pesquisador, concorda? E as suas referências, quais foram e são? Sim, concordo. As minhas referências são os colegas com os quais trabalho e trabalhei ao longo da carreira científica. Devo incluir, primeiro, pesquisadores como Raúl A. Feijóo (LNCC) e Santiago A. Urquiza (Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina). Depois, cito Enzo A. Dari (Instituto Balseiro- Argentina) e Gustavo C. Buscaglia (Universidade de São Paulo). 6) Em qual horizonte pretende chegar como cientista? Que tipo de atividades/projetos ainda gostaria de realizar? Algo que deve ser evitado é fixar horizonte. Ao conquistarmos objetivos, novos desafios surgem, o que não é um processo linear. Esse desdobramento é contínuo, nunca termina. Em relação às atividades e projetos, a meta é permanecer, cada vez mais, participando de importantes editais, visando obter financiamento para promover as atividades de P&D e formação de recursos humanos na área da modelagem do SCVH. 7) Há alguma pergunta que considere importante, mas que não foi feita nas perguntas acima? Acho que não, a entrevista abordou os tópicos necessários. Por: Bruno Lara. Assessoria de Comunicação e Eventos LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039/6062/6101 imprensa@lncc.br/eventos@lncc.br