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Parceria de colaboração entre LNCC / IBM e CPTEC
Publicado em: 14/12/2012,00:00
A IBM, por meio do seu programa de premiação Open Collaboration Research (OCR), firmou uma parceria de colaboração com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/MCTI). O propósito da parceria é a colaboração no desenvolvimento de técnicas de computação de alta performance (High Performance Computing - HPC) e de software de fonte aberta para previsão meteorológica. Juntas, estas três Instituições vão trabalhar na melhoria das tecnologias de previsão meteorológica e de desastres naturais do país; ajudando a criar cidades inteligentes, com capacidade de prevenção de desastres naturais. (a capacidade de prever desastres naturais e de estar preparado a eles é um dos fatores que formam as chamadas cidades inteligentes). Inicialmente, a parceria vai trabalhar com um cronograma de dois anos. A IBM entra com a tecnologia, e o LNCC e o CPTEC, com as pesquisas. Para Pedro Leite da Silva Dias, diretor do LNCC, o casamento entre as Instituições une o interesse do Laboratório em aumentar o nível do modelo tecnológico usado hoje, com o interesse da IBM em fazer uso eficiente das máquinas avançadas que eles produzem. Esta parceria de colaboração aberta será extremamente benéfica para a potencialização do investimento das agências brasileiras na criação de modelos customizados para abordar processos localmente importantes, como o impacto das emissões urbanas e de queimadas na previsão de chuva, explica o diretor do LNCC. Modelos meteorológicos são numericamente intensos e requerem um desenvolvimentos específicos que levem em consideração as condições locais, explica Ulisses Mello, diretor de Recursos Naturais do Laboratório de Pesquisas da IBM Brasil. A parceria ainda permite a criação de modelos integrados entre oceano-terra-atmosfera de forma regionalizada, considerando a topologia e aspectos geográficos de cada localidade. Com esta iniciativa pretendemos dar continuidade às ações focadas em um planeta mais inteligente, principalmente no que diz respeito às atividades de negócios sensíveis a eventos meteorológicos, finaliza Ulisses. Esta parceria de colaboração aberta será extremamente benéfica para a potencialização do investimento das agências brasileiras na criação de modelos customizados para abordar processos localmente importantes, como o impacto das emissões urbanas e de queimadas na previsão de chuva, explica Pedro Dias. A previsão meteorológica não se restringe a prever a temperatura local, mas consegue também antecipar desastres naturais. É impossível evitar as consequências de um desastre, mas a previsão ajuda a minimizar o impacto desse desastre, preparando a cidade e as pessoas, como o que aconteceu com o furacão Sandy, em Nova York, afirma Mello, da IBM. O novo projeto vai trabalhar ainda mais no desenvolvimento de modelos pensando nas características regionais do Brasil. Graças ao trabalho de previsão meteorológica feita no Brasil nosso país não fica tão atrás das realizadas nos grandes centros do mundo. Isso nos dá um bocado de satisfação. Todo o esforço dos últimos 30 anos valeu a pena, porque hoje estamos no timão da meteorologia, afirma Dias. Segundo o especialista, os resultados alcançados no país são bem razoáveis, com antecedência de 7 a 10 dias, dependendo dos casos. É basicamente o que se consegue nos EUA e na Europa. Quase não há diferença entre a qualidade da previsão realizada aqui e a feita nessas grandes regiões. O Brasil, porém, ainda está relativamente atrasado em um ponto: o da previsão de muito curto prazo com alta precisão. Em grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, que acontecem no país nos próximos anos, é muito importante a previsão de poucas horas. É preciso saber exatamente quanto e onde vai chover daqui a duas horas, assim como a temperatura e a velocidade do vento nessas próximas horas. Imagine a importância dessas informações em um evento esportivo, diz o diretor do LNCC. Uma das expectativas neste trabalho com a IBM é que o novo modelo se torne mais competitivo para ser aplicado em previsões de muito curto prazo. Os resultados das pesquisas serão compartilhados publicamente após a conclusão dos estudos e, segundo o diretor do LNCC, em menos de um ano o projeto sai da teoria e chega à prática. Ou seja, em cerca de três anos, podemos não estar mais devendo nada aos melhores centros meteorológicos do mundo.