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Nova política industrial: destaque para a tecnologia e a inovação - Jornal da Ciência / Notícias nº 3510 de 13 de maio de 2008
Publicado em: 13/05/2008,00:00
O governo lançou, em 12 de maio, a nova política industrial com o objetivo de ampliar os investimentos produtivos e garantir o crescimento da economia em torno de 5% ao ano. As medidas, inseridas em um pacote chamado de Política de Desenvolvimento Produtivo, incluem financiamentos, por intermédio do BNDES, de mais de R$ 200 bilhões para projetos de ampliação, modernização e de inovação na indústria e no setor de serviços. O ministro da C&T, Sergio Rezende, destacou que a nova política anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a inovação como elemento fundamental para as empresas. O pacote, de acordo com Rezende, também prevê um conjunto de ações voltadas para os setores que privilegiem a tecnologia brasileira. Para o ministro, essa nova fase da política industrial brasileira terá um caráter mais abrangente e transversal, atendendo a vários setores e passando a ser um dos pilares do plano. "Todos os países que se industrializaram tiveram uma política para incentivar as empresas nacionais, e nós temos que fazer o mesmo", afirmou. O volume de financiamentos previsto na nova política industrial atingirá os R$ 251,9 bilhões nos próximos dois anos. Desse total, R$ 210,4 bilhões virão de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os setores industrial e de serviços e R$ 41,5 bilhões virão do Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria do MCT. As medidas inseridas na Política de Desenvolvimento Produtivo prevêem financiamentos e desonerações tributárias que visam beneficiar o setor industrial até o fim de 2011. O programa de incentivos possui quatro metas principais: 1) Ampliar o investimento fixo com relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A meta é aumentar o investimento fixo para 21% do PIB até 2010. Em 2007, o investimento no Brasil foi de aproximadamente R$ 450 bilhões 17,6% do PIB. 2) Elevar o gasto privado em pesquisa e desenvolvimento. A meta prevê aumento dos gastos privados em P&D em um patamar de 0,65% do PIB, o que significará, projetando uma taxa de crescimento de 5% ao ano, investimentos de R$ 18,2 bilhões em 2010. Para isso, o crescimento médio anual dos investimentos em P&D deverá ficar em torno de 9,8% ao ano, até 2010 mesma taxa verificada entre 2003 e 2005. Em 2006, o setor privado investiu R$ 11,9 bilhões em P&D ou 0,51% do PIB. 3) Ampliar a participação das exportações brasileiras. A meta prevê a inserção internacional das empresas brasileiras por duas vias: (i) exportações e (ii) investimentos diretos no exterior para instalação de representações comerciais ou unidades produtivas (internacionalização). Para 2010, o objetivo é aumentar a participação do País nas exportações mundiais para 1,25% em valor, e alcançar US$ 208,8 bilhões exportados.Em 2007, as exportações brasileiras alcançaram US$ 160,6 bilhões ou 1,18% do total mundial. 4) Aumentar o número de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) exportadoras. A meta prevê a elevação de 10% no total de Micro e Pequenas Empresas exportadoras até 2010. Salto - Para o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, investir melhor significa dar um salto tecnológico e de qualidade na estrutura produtiva, o que permitirá uma inserção mais dinâmica no mercado mundial. "Isto só ocorrerá com maiores investimentos em tecnologia e inovação", observou. No pacote de medidas também foram anunciados R$ 41,2 bilhões para o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (Pacti), do MCT. (Com informações da Assessoria de Comunicação do MCT, da Agência Brasil e do Valor Econômico). Fonte: Jornal da Ciência / Notícias nº 3510 de 13 de maio de 2008. Rita Juliano / Natália Aquino Assessoria de Comunicação LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039 imprensa@lncc.br