Notícias LNCC
Governo federal vai destinar R$ 140 milhões para pesquisas em saúde neste ano - Informativo Clipping FINEP de 29 de maio de 2008
Publicado em: 29/05/2008,00:00
Agência Brasil, 28-05-2008 Adriana Brendler Brasília - O governo federal vai disponibilizar este ano aproximadamente R$ 140 milhões para pesquisa em saúde por meio de editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Mais de dois terços dos recursos serão canalizados para a inovação tecnológica no setor de equipamentos e materiais. A segunda área com maior investimento, cerca de R$ 21 milhões, é a de pesquisas em Terapia Celular, envolvendo células-tronco adultas e embrionárias. Além das duas áreas, o financiamento de estudos com recursos dos ministérios da da Saúde e da Ciência e Tecnologia vai abranger este ano projetos em Pesquisa Clínica (R$ 15 milhões), Avaliação de Tecnologias em Saúde (R$ 4 milhões), Saúde Mental (R$ 6 milhões), Síndrome Metabólica (R$ 6,5), Centros de Toxicologia (R$ 6,6 milhões) , Saúde Bucal (R$ 2 milhões), Doenças negligenciadas (R$ 17 milhões) e Epidemiologia Genômica de Doenças Complexas (R$ 6,5 milhões). As linhas de pesquisa específicas a serem contempladas em cada uma das 10 áreas serão definidas durante a Oficina de Prioridades de Pesquisa em Saúde, aberta hoje (28), em Brasília, com a participação de mais 150 pesquisadores de ponta e gestores de saúde ligados aos temas de interesse. De acordo com Suzanne Serruya, diretora do departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (MS), embora uma agenda nacional de prioridades em pesquisa em saúde tenha sido montada em 2004, é necessário ouvir tanto a comunidade científica como os profissionais que gerenciam os serviços de saúde para atualizar as necessidades do setor e aplicar com melhores resultados os recursos disponíveis. Se constrói nessa oficina um consenso técnico e político de quais são os problemas de saúde que a pesquisa pode resolver e que nós devemos investir em busca de conhecimento. Isso é necessário para que a gente use esse recursos da maneira mais efetiva, disse a diretora. Segundo ela, as decisões da oficina, que encerra amanhã (29), vão subsidiar a elaboração da chamadas públicas para seleção dos projetos que devem ser divulgadas pelo CNPq e Finep no segundo semestre deste ano. Duas novos oficinas serão realizadas nos próximos meses para tratar especificamente de definições de prioridades na área de Terapia Celular e Doenças Negligenciadas (como malária, dengue, tuberculose, leishmaniose, hanseníase e mal de Chagas). No caso da Terapia Celular, R$ 10 milhões serão aplicados para o financiamento de estudos, enquanto os outros R$ 11 milhões serão destinados à implantação ainda este ano da Rede Nacional de Terapia Celular, que terá atribuição de coordenar pesquisas sobre o tema no país e criar linhagens brasileiras de células-tronco embrionárias, embora a constitucionalidade do uso desse tipo específico de células-tronco esteja sendo julgada hoje e amanhã no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS, por enquanto as pesquisas com todos os tipos de células-tronco são permitidas pela Lei de Biossegurança. Por isso, segundo ela, o ministério está dentro da lei. A pequisa com células-tronco no Brasil é permitida nos termos da Lei de Biossegurança, inclusive com células-tronco embrionárias. Por isso, o Ministério da Saúde, ao tomar essa iniciativa de fazer chamadas públicas e criar a rede, está rigorosamente dentro da lei. Eu não sei o que vai acontecer [no STF] e naturalmente, quanto as células-tronco embrionárias, o Ministério da Saúde terá que se pautar pela decisãodo Supremo, afirmou. Segundo o secretário, as pesquisas com células-tronco vêm sendo apoiadas pelo MS desde 2004 com investimento de cerca de R$ 24 milhões nos últimos três. Até agora, cerca de 60 projetos foram desenvolvidos, mas ainda estão em fases experimentais. As pesquisas que mais avançaram foram as direcionadas ao tratamento de doenças cardíacas utilizando células-tronco adultas. Fonte: Informativo Clipping FINEP de 29 de maio de 2008. Rita Juliano / Natália Aquino Assessoria de Comunicação LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039 imprensa@lncc.br