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Estado do Pará lança o programa Extinção Zero
Publicado em: 19/02/2008,00:00
O Governo do Estado lançou nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro de 2008, o programa Extinção Zero e tornou-se o primeiro estado da Amazônia Brasileira a oficializar a sua lista de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvendo também um programa para monitorar e proteger plantas e animais ameaçados. O Programa Extinção Zero é resultado de um esforço conjunto entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), o Museu Goeldi (MPEG) e a Conservação Internacional (CI). O decreto que institui o programa, reconhece oficialmente a existência de 181 espécies ameaçadas de extinção no estado do Pará. A Lista Vermelha do Pará apresenta dados científicos exaustivamente discutidos com agentes locais (incluindo representantes do setor produtivo, como madeireiros e garimpeiros) e com especialistas brasileiros em cada um dos grupos taxonômicos proposto na lista. A coordenação do processo de elaboração da Lista Vermelha do Pará ficou a cargo do Museu Goeldi, cujo corpo de pesquisa também elaborou um banco de dados georeferenciado com 675 espécies candidatas. Entre as 181 espécies consideradas oficialmente sob ameaça de extinção encontram-se 91 vertebrados, 37 invertebrados e 53 plantas. As espécies mais ameaçadas, classificadas como criticamente em perigo, são duas espécies de plantas, sete de peixes, uma de pássaro e três de mamíferos. A maioria das espécies da lista estão concentradas nas áreas mais desmatadas do estado, especialmente na região conhecida como Centro de Endemismo Belém, situada ao leste do estado, na área compreendida entre o Pará e Maranhão. O macaco-cairara (Cebus kaapori) e o cuxiú-preto (Chiroptes satana) são exemplos mais conhecidos das espécies criticamente em perigo. Com o programa Extinção Zero, o Pará lança uma inovação na gestão ambiental em relação aos outros estados brasileiros e propõe avanços para a maioria dos países do mundo. No decreto que torna a lista oficial, que será assinado nesta quarta-feira, o estado se compromete com três medidas diferenciais: 1) criar uma estrutura para coordenar o Programa Extinção Zero, composto por um comitê gestor e técnico, além da elaboração de um plano de preservação das espécies ameaçadas, tendo como base a lista vermelha do estado; 2) Reconhece as Áreas Críticas de Biodiversidade (onde se encontram as espécies listadas) como regiões prioritárias para conservação e que necessitam de esforços para sua recuperação; 3) Prevê a atualização e a necessidade de ações urgentes no sentido de investigar, conhecer e preservar estas espécies, especialmente as criticamente ameaçadas. Uma conseqüência positiva deste decreto é que a área do estado formalmente protegida possivelmente irá aumentar, visto que a mais importante Área Crítica de Biodiversidade no estado continua desprotegida o Centro de Endemismo Belém. Atualmente, o Pará tem 55% de seu território dentro de áreas protegidas ou territórios indígenas, onde se incluem algumas das maiores áreas protegidas de florestas tropicais do mundo, como a Estação Ecológica Grão Pará, com 4,2 milhões de hectares, situada em uma região que não está sob pressão neste momento. Lançamento do Programa Extinção Zero Data: 20/02 Horário: 10h Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira (Parque Zoobotânico do Museu Goeldi Av. Magalhães Barata, 376) Fonte: Assessoria de Comunicação do Museu Paraense Emílio Goeldi Rita Juliano / Natália Aquino Assessoria de Comunicação LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039