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Brasil e Argentina assinam acordos em ciência e tecnologia
Publicado em: 22/02/2016,00:00
Ministro Celso Pansera viaja a Buenos Aires na próxima semana para revigorar a cooperação científica e tecnológica com acordos em astropartículas e nanotecnologia. Ministro concede entrevista coletiva na terça-feira (23), às 12h, na Embaixada do Brasil em Buenos Aires. por Ascom do MCTI Publicação: 19/02/2016 | 20:39 Agenda na capital argentina prevê assinatura de acordos e visita ao Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI). Crédito: Ascom/MCTI O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, embarca neste domingo (21) para Buenos Aires, onde se reúne com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao. A agenda prevê a assinatura de dois memorandos de entendimento nas áreas de nanotecnologia aplicada à saúde e física de astropartículas, além de visitas a instituições de pesquisa. A reunião entre Pansera e Barañao está marcada para a manhã de segunda-feira (22). Eles assinam os acordos às 11h30 e, em seguida, visitam um polo tecnológico. Na mesma tarde, parte da delegação brasileira se distribui em duas reuniões setoriais bilaterais. O secretário de Política de Informática do MCTI, Manoel Fonseca, e o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto Gadelha, discutem a cooperação em tecnologias da informação e comunicação (TICs). O interesse argentino em utilizar o acelerador Sirius, em construção em Campinas (SP), deve ser tratado com o diretor geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Carlos Américo Pacheco, e o diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Antonio José Roque. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina (Mincyt) propõe como novos temas de cooperação o combate à epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya; a Iniciativa Pampa Azul, relacionada à pesquisa oceanográfica no Atlântico Sul; e o Programa de Cooperação em Informação Quântica, ligado à computação de alto desempenho, com apoio do LNCC. Já o MCTI sugere que os países integrem suas redes de monitoramento de desastres naturais, uma vez que dividem bacias hidrológicas e podem ser afetados pelos mesmos fenômenos climáticos. Outra frente de colaboração busca viabilizar o compartilhamento do supercomputador Santos Dumont, do LNCC, em Petrópolis (RJ). A agenda termina com uma visita ao Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), na terça-feira (23). Às 12h, o ministro Celso Pansera concede entrevista coletiva na Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Integram a delegação brasileira o presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Luís Fernando Panelli Cesar, e o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (Assin), Danilo Zimbres, além de dirigentes de agências e institutos de pesquisa ligados à pasta. Nanotecnologia Um dos memorandos é multilateral, ou seja, envolve Pansera, Barañao, a ministra de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez, e o presidente do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México, Enrique Cabrero Mendoza. A ideia é estabelecer a Plataforma Regional de Nanotecnologia Aplicada à Saúde para promover intercâmbio de experiências, transferência de tecnologias e criação de empresas, bem como sua internacionalização dentro e fora da América Latina. Os países poderão convidar e acolher instituições colaboradoras de nações que se associem ao instrumento. O memorando entrará em vigor na data de assinatura, com duração de cinco anos, renováveis por períodos consecutivos. Astropartículas Com o outro memorando a ser assinado por Pansera e Barañao, MCTI e Mincyt se comprometem a criar o Instituto Regional Latino-americano de Física de Astropartículas, a fim de apoiar o desenvolvimento da área em todo o continente, fomentar atividades de capacitação de recursos humanos, estimular a integração das comunidades científicas em projetos de infraestrutura e promover o intercâmbio de informações para identificar soluções por meio de pesquisa e desenvolvimento. A partir da assinatura, o instrumento será válido por dois anos, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos. O texto reconhece o aspecto de pesquisa multidisciplinar da área de cooperação, situada em fronteiras do conhecimento da física nuclear, da astronomia e da cosmologia. As condições topográficas da América do Sul recebem destaque no memorando, "em especial na região austral, com visão privilegiada do centro da Via Láctea, onde estão instalados grandes experimentos internacionais". Fonte: MCTI