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Antártica, rico laboratório para pesquisas, movimentou o Conhecimento Para Todos
Publicado em: 16/09/2009,00:00
Antártica, rico laboratório para pesquisas, movimentou o Conhecimento Para Todos Território é conhecido pela paz e investimentos científicos Na sessão extra inserida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no programa Conhecimento Para Todos, o continente antártico foi o objeto de apresentação nesta quarta-feira (16 de setembro), às 9h. Analista de Ciência e Tecnologia do MCT, Maria Cordélia Soares Machado proferiu palestra cujo tema foi Antártica: o Brasil no Grande Continente Branco. O auditório Renato Archer, sede do Ministério, em Brasília, acolheu o encontro que tem contribuído para a integração das instituições relacionadas ao MCT. Com experiência em Oceanografia Biológica, Maria Cordélia começou a apresentação mostrando dados gerais sobre a Antártica, inicialmente classificada como Terra Incógnita, devido à falta de conhecimento sobre o continente, que mais tarde viria a ser estratégico para a ciência, política e econômica mundiais. A interferência do território é intensa, inclusive no Brasil. As variações climáticas alteram atividades como as da pesca e da agricultura, entre outras. Por isso, as constantes discussões e a necessidade de medidas mais sensíveis no que diz respeito à preservação do meio ambiente. - Esse espaço é um laboratório primitivo importantíssimo. Para se ter uma idéia, 99% da Antártica é intocável em termo de poluição comenta Maria Cordélia Soares Machado, coordenadora para Mar e Antártica da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT. A palestrante ressaltou, e ao fim do encontro o coordenador-geral das Unidades de Pesquisa, Carlos Oití Berbert, também mencionou, que a Antártica é o único continente do planeta onde não houve guerra. Ao contrário, duas características desse território são a de haver paz e a de proporcionar desenvolvimento de pesquisas científicas. Bolhas de ar presas em gelos contribuem para conhecermos aspectos da vida nos tempos mais remotos. A riqueza de biodiversidade também favorece a obtenção de resultados científicos. Com extensão de 14 milhões de quilômetros quadrados, a Antártica e as ilhas que o cercam representam 1,6 vezes o tamanho do Brasil (10% da superfície da Terra). A região também é alvo do tratado mais bem realizado na história, conforme destacou Oití Berbert: o Tratado da Antártica, firmado em 1959 por doze países. Foi algo fantástico, comentou o coordenador-geral. As nações que participaram da Conferência de Washington (Estados Unidos), em outubro daquele ano foram: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido e a extinta União Soviética. A proposta era estabelecer medidas de âmbito internacional para regular a exploração na Antártica. O Brasil, 7º país mais próximo do continente, passou a integrar o Tratado em 1975. Sete anos mais tarde, foi realizada a primeira expedição, em maior escala, ao continente gelado, através do navio Barão de Teffé. Atualmente, o país possui, na Ilha Rei George, a Estação Comandante Ferraz, onde realiza pesquisas desde a década de 1980. -Nós contamos com sólidas bases científicas, e por isso adquirimos o direito de explorar a Antártica- declarou a palestrante, que afirmou, ainda, a importância do edital Programa Antártico Brasileiro (Proantar), lançado pelo governo federal em agosto para aplicar nesse segmento. Os valores são da ordem de R$ 15 milhões. Ao fim do encontro, o diretor do LNCC, Pedro Leite da Silva Dias, comentou a possibilidade de investimentos ainda mais robustos para a formação de recursos humanos. Maria Cordélio foi receptiva à proposta e disse ser muito bem-vinda idéias que possam colaborar para o avanço no setor. Semana que vem, quarta-feira (dia 23 de setembro), às 9h, o Ministério da Ciência e Tecnologia promove o último encontro do programa Conhecimento Para Todos. Na ocasião, representante do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) discursa a respeito do tema Preparando hoje para o melhor do amanhã, incluído no Grupo Transmissão da Informação. Aos interessados que não puderem comparecer no auditório Renato Archer, o MCT disponibiliza o acompanhamento ao vivo através do site. Outro recurso é a transmissão por videoconferência às unidades de pesquisa, organizações sociais e agências do Ministério. No LNCC, a transmissão ocorre na sala de reuniões da diretoria. Assessoria de Comunicação LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039 imprensa@lncc.br